O Marketing-Mix é mais do que um conceito ou uma simples ferramenta: é um modelo de aplicação de metodologias, composto por um conjunto controlado de variáveis – 7 P’s

 
PRODUTO

PREÇO

COMUNICAÇÃO(Promotion)

DISTRIBUIÇÃO(Placement)

PESSOAS

PROCESSOS

EVIDÊNCIAS FÍSICAS(Physical Evidences)

 

Marketing-Mix

4 P’s

PRODUTO

Também designado de solução, uma vez que é o somatório do Produto e do Serviço,
é universalmente apelidado de Produto

É tudo aquilo que pode ser oferecido a um mercado, para aquisição ou consumo, capaz de satisfazer uma necessidade e/ou um desejo

Um dos elementos mais importantes de uma estratégia de Marketing.

É muito difícil fazer bom Marketing com um mau Produto.

Passos na definição da política de Produto

Portfólio de Atividades

  • - Decisão tomada ao nível da gestão de topo
  • - Escolha do portfólio de atividades da empresa

Características Intrínsecas

  • - Qualidade do produto: é o grau em que o desempenho de um produto corresponde às expectativas do cliente
  • - Vantagem competitiva: está relacionada com as suas características distintivas face à concorrência

Dimensão da Gama

  • - Largura: Nº linhas de Produto
  • - Profundidade: Nº de Produtos que comporta
  • - Comprimento: soma dos produtos em todas as linhas

Classificação da Gama

Baseia-se na relação preço/qualidade dos produtos

  • - Baixa: iPad Mini
  • - Média: iPad Air
  • - Alta: iPad
  • - Topo de Gama: iPad Pro

GAMA DE PRODUTO

Analisa-se em termos horizontais na empresa

Mac

LINHA DE PRODUTO

Analisa-se em termos verticais dentro de cada gama

Macbook Pro

Macbook Air

iMac

iMac Pro

 

CICLO DE VIDA DO PRODUTO

Todo o Produto ou Serviço tem um ciclo económico, constituído por quatro fases:

 

Processo Estratégico

Fase 1: Análise do Mercado

  • - Determinação da procura (relação preço/procura) – valor único, conhecimento de substitutos, despesa total, benefício final, rácio preço/qualidade, armazenagem
  • - Avaliação das influências na sensibilidade ao preço – elasticidade da procura
  • - Análise da concorrência, em relação à antecipação e influência nas alterações de preço da concorrência
     

 
Fase 2: Identificação dos constrangimentos ao preço

  • - Restrições à fixação de preços
  • - Custo, concorrência, procura do cliente, influências do Governo, expectativas dos canais de distribuição e questões de ética

 
Fase 3: Estabelecimento dos objetivos de preços

  • - Rentabilidade: margem de lucro e rendibilidade de capitais próprios
  • - Vendas: quota de mercado
  • - Concorrência: liderança de preço
  • - Sobrevivência: assegurar o futuro da empresa
     

Processo Tático

Fase 4: Análise do Lucro Potencial

  • - Análise de custos
  • - Análise marginal – custo marginal vs rendimento marginal
  • - Análise do ponto morto das vendas (mínimo de vendas para cobrir a estrutura de custos)

Fase 5: Níveis de preços iniciais

  • - Determinação dos níveis de preço iniciais, dentro dos preços optativos possíveis, através de técnicas de preço baseadas na procura, no custo e na concorrência

Fase 6: Ajustamento e gestão de preços

  • Ajustamento em função dos objetivos, lucros pretendidos, através de descontos e concessões, preços geográficos e alterações de preço

COMUNICAÇÃO

(Promotion)

Por excelência, a técnica de comunicação do marketing é a publicidade.

Publicidade e Marketing são atividades exercidas em benefício das empresas e custeadas pelas próprias empresas. Assim como não tem sentido abordar a publicidade fora do contexto de marketing, não tem significado examinar a ideia de marketing desligada da noção de empresa.

COMUNICAÇÃO

(Promotion)

Fórmula AIDA, baseia-se no pressuposto de que, para convencer alguém, é preciso despertar-lhe quatro estados de consciência:

Atenção

Interesse

Desejo

Ação

Ao formularmos a publicidade de um determinado produto, deparamo-nos com uma enorme variedade de casos que habitualmente são condensados em 5 grandes grupos:

O produto tem uma característica distintiva que corresponde a uma motivação

É o caso mais favorável. A publicidade só tem que vender a diferença, valorizar a característica distintiva e fazer acreditar que, por isso, o produto é superior à concorrência

O produto possui característica distintiva que não corresponde a uma motivação

É mais difícil. A característica não é vendável, porque não interessa ao público. Por exemplo, produtos que têm como características serem produzidas pelas “fábricas mais modernas do mundo

O produto não tem característica distintiva mas tem um argumento

É o caso em que podemos dizer alguma coisa a respeito do produto que a concorrência ainda não disse. Não é a qualidade que é exclusiva, mas o argumento

O produto não tem característica distintiva mas podemos dar-lhe uma

É o caso em que se modifica o produto de modo a dar-lhe diferenciação (cheiro, cor, etc). O importante é que a especificação dada ao produto seja suficientemente vendável

O produto não tem característica distintiva

É o caso mais desafiador possível. O produto não tem nada que o diferencie. A concorrência disse tudo a respeito dele. É igualmente, o caso mais frequente

DISTRIBUIÇÃO

(Placement)

Conjunto de atividades efetuadas pelo produtor e geralmente por outras empresas intermediárias, para conduzir o produto ao consumidor.

Como Funções da Distribuição podemos enunciar as seguintes:

  • - Transporte
  • - Armazenamento
  • - Abastecimento
  • - Gestão de stock
  • - Contacto/informação Cliente
  • - Promoção/venda dos produtos

Tipos de Estratégia de Distribuição

Classicamente há 3 alternativas de estratégias:

Distribuição Intensiva

Os produtos de conveniência precisam de estar no maior número possível de pontos de venda

Distribuição Exclusiva

Alguns fabricantes limitam deliberadamente o número de distribuidores. Pressupõe uma venda mais agressiva e maior controlo sobre política de preços, promoção e tipos de serviços

Distribuição Seletiva

Posiciona-se entre a distribuição intensiva e a distribuição exclusiva.

Permite assim conquistar uma adequada cobertura de mercado, ter mais controlo e menos custos que a distribuição intensiva

3 novos P’s

Com a evolução do Marketing e dos seus componentes, surgiram 3 novos P’s que vieram fortalecer esta ferramenta do Marketing-Mix:

 
PESSOAS
PROCESSOS
EVIDÊNCIA FÍSICAS

PESSOAS

A base de qualquer empresa assenta nas pessoas. Principalmente em serviços, as pessoas que estão por trás do negócio são cruciais no seu sucesso.

É necessário ter a equipa alinhada com os objetivos do negócio e investir em formação dos seus colaboradores

PROCESSOS

É o conjunto de atividades que despoleta uma experiência para o cliente a partir do momento que ele adquire o produto/serviço.

Serve também para diferenciar o nível de qualidade do serviço. A formação dos colaboradores deve garantir que o processo seja executado como planeado, seja enquanto o cliente percorre o funil de vendas ou passa pelo processo de pagamento

EVIDÊNCIAS FÍSICAS

Provas físicas que o cliente perceciona sobre a empresa a partir do momento em que entra em contacto.

  • - A forma como apresenta as instalações
  • - Velocidade e eficiência do atendimento ou prestação do serviço
  • - Limpeza das instalações

Serve muitas vezes de comparação com a concorrência

Regras de ouro Marketing-Mix

Para avaliar qualitativamente o Marketing-Mix o gestor de marketing deve ter em atenção quatro princípios chamados de regras de ouro:

Coerência

Cada componente de Marketing-Mix deve ser coerente com todos os outros e com o posicionamento escolhido.
Ex: uma estratégia de seletividade/qualidade de produto deve ser coerente com a estratégia de distribuição (escolhas lojas de prestígio)

Adaptação

A estratégia mix do Marketing deve estar adaptado ao mercado e à empresa que o aplica. Um Marketing-Mix adequado a uma empresa pode ser um desastre para outra

Superioridade

A estratégia de marketing deve ter pelo menos uma variável que represente uma vantagem competitiva.
Ex: preço baixo, qualidade do produto, publicidade intensiva, melhor distribuição, melhor posicionamento, etc

Segurança

Toda a estratégia de Marketing-Mix deve dispor de flexibilidade, ou seja, toda a estratégia deve possuir uma certa margem de segurança e de tolerância em relação aos seus resultados. Adotar uma estratégia rígida é perigoso