O aumento do uso de tecnologia em setores mais tradicionais e a importância da consultoria na transformação digital, foram um dos temas abordados por Miguel Bello no 2º episódio do Minuto. A experiência nas maiores empresas de consultoria a nível mundial e a sua visão estratégica realçaram que, atualmente, são vários os setores que beneficiam com o uso inteligente de tecnologia.
Assim, a multinacional operacionaliza os seus projetos de transformação digital assente em 3 vetores:
- Sustentabilidade
- Segurança física e sanitária
- Experiência do cliente
No primeiro pilar a medição do impacto da pegada de carbono do turista foi um dos projetos recentes da equipa de consultoria da Deloitte Portugal e o recurso a tecnologia, permite perceber qual o impacto e compensar o próprio destino. Mais recentemente, a Aldeias Históricas de Portugal (AHP) requisitou os serviços da consultora para garantir percursos seguros do ponto de vista sanitário, recorrendo a Aeronaves Não Tripuladas (drones), não só para o mapeamento do território, mas também para aliviar a pressão, de forma a garantir a autenticidade e bem-estar da população, maioritariamente idosa.
Questionado sobre o papel da consultoria nesta transformação digital, processo em voga a nível global, Miguel Bello é taxativo que esta tem um papel fundamental na maximização do valor das empresas: "Em primeiro lugar pela experiência e conhecimento com tecnologias já implementadas noutros locais", realçando que a robotização de processos permite também perceber quais os processos que podem ser mais eficientes.
A líder de mercado em Portugal, a Deloitte, dentro das big4 beneficia de acordos e parcerias "com os maiores providers de tecnologia a nível mundial" permitindo que se implemente melhor estas ferramentas e de maneira a acrescentar mais valor. Por fim, e de forma a complementar o facto de estar inserida numa network a nível mundial, permite que se obtenham insights e inputs em cada setor e clientes de forma a identificar o que resulta melhor.
A necessidade de uma transformação em setores mais tradicionais é algo identificado pelo mercado e a pandemia teve um impacto não só na oferta, mas principalmente na alteração dos modelos de compra dos consumidores. Para Miguel Bello, um amante de vinho português, o setor do vinho demonstrou bem essa questão, quando adquiriu o vinho diretamente do produtor, considerando que a experiência de compra foi boa e que a tendência se mantenha quando voltarmos à vida "normal". Para o consultor, os consumidores novatos neste canal de venda gostaram do processo, perceberam que têm acesso a mais produtos, a melhores preços e com mais conforto.
Veja aqui a conversa completa com Miguel Bello: